AUTOR
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JOÃO RUFINO E MARQUES, CAPITÃO AJUDANTE DE ORDENS
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ORIGEM
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PRESIDÊNCIA
DA PROVÍNCIA DO MARANHÃO
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DESTINO
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PROVÍNCIA DO GRÃO-PARA, PATACHO MARANHÃO
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DATA
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23 de agosto de 1836
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REGIÕES DE INTERESSE
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BRASIL; PARÁ E MARANHÃO
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TEMA
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MILITARES QUE SEGUIRAM PARA O PARÁ
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RESUMO:
A Presidência da província do
Maranhão, pelo Capitão Ajudante de Ordens Interino João Rufino e Marques,
informa as praças de 1° Linha, que seguem para o Pará
no Patacho Maranhão.
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TRANSCRIÇÃO
Relação das Praças de 1ª Linha, qe seguem pa
o Pará no Patacho = Maranhão =
Postos
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Nos Seguidos
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Nomes
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Observações
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Alferes
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1
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Antonio Joaquim Diniz
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Pa ser empregado ás Ords do Emo Sr
Presde do Pará
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1° Sargto
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2
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Bruno Anto dos Ramos
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Pa servir-se ao 1° Bm a qe
pertence
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Soldo
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3
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Exequiel da Costa
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Recrutas vindos do Ceará, e q assentarão praça no Continge
do 4° Bm de Ces, e q f doentes não acompanharão os
outros praças, q partirão sob o Condo do Alferes Pedro Joze Glz.
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4
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José Freire Agostinho
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5
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Vicente Seabra
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6
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Vicente Ferreira
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7
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Gonçalo Joze
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8
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Vital da Costa
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9
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Galdencio Anto
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Vindos do Pará na Charrua = Carióca = e q ficarão doentes
no Ho desta Cide
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10
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Anto Simiaõ da Costa
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11
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Antonio Francisco
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12
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Gonçalo Pereira
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Pertencentes ao Continge do Ceará, e q ficarão
doentes no Ho desta Cide
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13
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Francisco Pereira
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14
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Manoel Glz
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15
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Francisco Carneiro
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Gov Perme do Ceará remette prezo p Dezertor xxxx
do Tury Assu, o Alferes Pedro Alexandrino de Andrade
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16
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Manoel Malaquias
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Vindo do Tury Assu xx camarada do 2° Te Felippe de Sa Santiago e q f doente regressa a sua Provia
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17
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Joze Marq de Assumpçaõ
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Do 4° Bm de Ces, prezos q Dezertaram
do Destacamto da Fortaleza da Barra, com os criminozos q dali
fugiraõ
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18
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Candido Joze
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Palácio do Governo do Maranhaõ em 23 de Agosto de 1836
Joaõ Rufino e Marques
Captao Ajud.
d’Ords Intro
JOÃO RUFINO E MARQUES
João Rufino e Marques, major, Oficial-Maior da Secretria da
Presidência da Província do Maranhão. Um dos administradores do periódico O
Publicador Official (ref. ed. 359, P. O.,
1835).
SITUAÇÃO HISTÓRICA: FINAL DA CABANAGEM
O terceiro presidente cabano,
Eduardo Angelim, amargava em Belém a penúria de um bloqueio governamental com sede
na ilha de Tatuoca.
O Brigadeiro Soares Andréia
chegou àquela ilha no dia 09 de abril de 1836 com sua esquadra e assumiu
imediatamente posse do cargo de presidente.
A posse do Brigadeiro Andréia
determinou uma intensificação no bloqueio à capital cabana, minguando as
últimas possibilidades de resistência. Uma intensa negociação se procedeu
durante o mês seguinte, contudo sempre frustrada pela intransigência do velho militar.
Sitiado e minguando, o Governo
Cabano receberia a proposta francesa de ajuda para independência do Pará, mas
Angelim, firme nos seus propósitos de obtenção da cidadania e não separação do
Império, rejeitaria tal oferta, mesmo tendo de pagar o difícil preço da
derrota!
Diante da penúria, fome e peste,
o conselho Cabano decidiu-se por abandonar a capital e continuar a revolução
pelos interiores. No dia 13 de maio de 1836, os cabanos furaram o intenso
bloqueio e evadiram-se da cidade em pleno dia. Imediatamente iniciou-se o
desembarque das forças de Andréia, a qual encontrou uma cidade completamente
vazia e destruída. Depois de uma ano e meio de combate, três bombardeios e dois
intensos bloqueios, Belém estava reduzida a escombros da revolução. Os cabanos,
vencidos militar e politicamente na capital, se retiraram para os interiores,
principalmente em direção ao médio e alto Amazonas, onde subsistiram como
guerra de resistência até 1840, enquanto se processava uma intensa perseguição
a todo e qualquer homem com ideais liberais na Amazônia.
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