AUTOR
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JOÃO LUSTOSA DA CUNHA / MARQUÊS DE PARANAGUÁ
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ORIGEM
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MINISTÉRIO DA GUERRA
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DESTINO
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PRESIDENTES DAS PROVÍNCIAS
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DATA
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02 de outubro de 1867
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REGIÕES DE INTERESSE
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BRASIL, RIO DE JANEIRO (CORTE) E DEMAIS PROVÍNCIAS
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TEMA
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LIBERTAÇÃO DE ESCRAVOS/ ALISTAMENTO / GUERRA DO PARAGUAI
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RESUMO:
Ofício Circular Confidencial
enviado aos Presidentes das Províncias (este provavelmente para o Piauí),
lembrando a necessidade de promover a libertação de escravos para fins de
alistamento no Exército Brasileiro por motivo da Guerra do Paraguai; e que
tal necessidade demanda um alto custo financeiro, devendo, portanto, promover
ações de coleta de donativos e remeter à Corte do Império as relações das pessoas
que mais se destacarem em tais contribuições.
Assina: Visconde de Paranaguá.
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TRANSCRIÇÃO
Rio,
1° de 8bro de
1867 Ilmo.
e Emo. Snr.
Confidencial
Convindo promover a libertação de
escravos para assentarem praça no Exercito, sendo o pagamento feito em apolice,
e a dinheiro; e bem assim procurar obter donativos, e activos serviços em
relação a reuniaõ de contingente, sendo logo remettido ao Governo Imperial a
relação das que se destinguirem em taes serviços e donativos: espero que V. Exa.
empregará todos os seus esforços para que na Provincia, que administra, sejaõ
satisfeitos n’aquelle sentido os desejos do Governo Imperial.
Dando
conhecimento a V. Exa. do que fica exposto, tenho a satisfação de
significar a V Exa. a consideração e estima com que sou
De V Exa.
Am. Att. e obro
J. L. de Ca. Paranaguá
Em 2 de
Outubro de 1867.
JOÃO LUSTOSA DA CUNHA PARANAGUÁ
Nasceu na Província do Piauí, a 21 de agosto de
1821, no município de Parnaguá (fazenda "Brejo do Mocambo", na
antiga freguesia de Nossa Senhora do Livramento de Parnaguá). Filho do coronel
José da Cunha Lustosa II e de dona Ignácia Antônia dos Reis Lustosa, e neto do
português José da Cunha Lustosa I e da paulista Helena Camargo de Sousa. Eram
seus irmãos o Barão de Paraim (José da Cunha Lustosa) e o Barão de Santa
Filomena (José Lustosa da Cunha). O segundo visconde com grandeza e marquês de
Paranaguá.
Formou-se pela Faculdade de Direito de Olinda em
1846, casou-se no ano seguinte com Maria Amanda Pinheiro de Vasconcelos, filha
do Visconde de Monserrate, com quem teve seis filhos.
Desde cedo ocupa o cargo de juiz, fazendo carreira
na magistratura até atingir o cargo de conselheiro (atual desembargador), em
sua província natal, aposentando-se em 1878 com honras de Desembargador. Foi
deputado provincial em 1840, e deputado geral nas 8ª e 13ª legislaturas. Tendo
iniciado a vida política nas fileiras do Partido Conservador, tornou-se
posteriormente um dos líderes do Partido Liberal.
Exerceu a Presidência das Províncias do Maranhão
(1858 - 1859), de Pernambuco(1865 – 1866) e da Bahia (1881 – 1882); foi
Ministro da Justiça (10 de agosto de 1859 - 3 de março de 1861, e de 3 de
agosto de 1866 - 27 de outubro de 1866), Ministro da Guerra (7 de outubro de
1866 - 16 de julho de 1868), Ministro das Relações Exteriores (9 de dezembro de
1867 - 14 de abril de 1868, e de 6 de maio de 1885 - 20 de agosto de 1885),
Ministro da Marinha (9 de dezembro de 1879 - 24 de janeiro de 1880), Ministro
da Fazenda (3 de julho de 1882 - 24 de maio de 1883).
No Governo Parlamentar Brasileiro, foi
Primeiro-Ministro (3 de julho de 1882 — 24 de maio de 1883)
Como ministro da Fazenda reduziu a emissão de
papel-moeda e diminuiu os juros da dívida pública. Quando ocupou a Pasta da
Guerra o país estava mergulhado no conflito com o Paraguai.
Além das atividades políticas teve intensa vida
cultural, tendo presidido a "Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro"
e o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, além de ter sido membro
efetivo e honorário de entidades similares.
Títulos
nobiliárquicos
Foi o segundo visconde (com grandeza, em 1882) e o
segundo marquês de Paranaguá. Grande do Império, veador de Sua Majestade a
Imperatriz, comendador da Ordem de São Gregório Magno, dentre outras.
Foi agraciado com o título de marquês em 1888. Com
a proclamação da República abandonou a atividade política.
Faleceu
no Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 1912.
FILIGRANA
a) Marca d'água:
JOYNSON 1860
b) Carimbo em Alto-Relevo:
GABINETE do Ministério dos Negócios DA GUERRA
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