AUTOR
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CONDE DE GALVEAS
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ORIGEM
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REPARTIÇÃO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS E DA GUERRA
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DESTINO
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GOVERNADORES INTERINOS DA PROVÍNCIA DO PIAUÍ
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DATA
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01 de fevereiro de 1812
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REGIÕES DE INTERESSE
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BRASIL, RIO DE JANEIRO (CORTE) E PIAUÍ
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TEMA
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ASSUNÇÃO DA REPARTIÇÃO DOS NEGÓCIOS DA GUERRA
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TIPO DE DOCUMENTO
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OFÍCIO CIRCULAR
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RESUMO:
Conde de Galveas comunica aos
Governadores interinos da Província do Piauhí a sua assunção interina na
Repartição dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, por motivo da morte do
Conde de Linhares, e solicita que lhe enviem a partir de então todos os
papéis correspondentes a esta pasta.
Assinatura do 5º Conde de
Galveas, D. João de Almeida de Melo e Castro, (1756-1814).
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TRANSCRIÇÃO
Havendo se
Dignado S. A. R. O Principe Regente Nosso Senhor de me encarregar interinamente
da Repartição dos Negocios Estrangeiros, e da Guerra por falecimento do
Conselheiro, Ministro, e Secretario d’Estado Conde de Linhares; o participo
assim a VMces para que ficando nesta intelligencia, me haja de
dirigir d’Aqui todos os papeis concernentes á sobredita Repartiçaõ dos Negocios
da Guerra.
Deos Guarde
a VMces Palacio do Rio de Janeiro em 1° Fevereiro de 1812.
Conde de Galveas
Lo. 2° f 126V N°95
Respda a p 73 Lo 4° N°35
Snr es Governadores
interinos da Capitania do Piauhi
CONDE DE GALVEIAS
João de Almeida Melo e Castro, 5°
Conde Galveias (1756-1814). Seguiu a carreira diplomática, tendo sido ministro
de Portugal em Londres, Haia, Roma e embaixador em Viena de Áustria. Em 1801
foi ministro dos Negócios Estrangeiros, cargo do qual foi demitido em 1803. Em
1812 foi para o Rio de Janeiro, tendo sido ministro da Guerra e dos Negócios
Estrangeiros (interinamente até 12 de agosto, efetivo após esta data até a sua
morte em 1814) e, interinamente, da Marinha e Ultramar. Foi oficial-mor da Casa
Real, couteiro-mor da Casa de Bragança, Conselheiro de Estado, membro do
Conselho da Fazenda, presidente da Junta da Fazenda dos Arsenais do Exército,
comendador de São Pedro de Alhadas, da Ordem de Cristo. Casou com D. Isabel
José de Meneses, mas deste casamento não houve geração. Faleceu a 18 de janeiro
de 1814.
CONDE DE LINHARES
Rodrigo
Domingos de Sousa Coutinho, primeiro conde de Linhares do título moderno, (Chaves,
4 de agosto de 1755 — Rio de Janeiro, 26 de janeiro de 1812) foi um político
português.
Filho
de D. Francisco Inocêncio de Sousa Coutinho e de D. Ana Luísa Joaquina Teixeira
da Silva de Andrade, neto do homônimo vedor da Casa Real e bisneto do 10.º
conde do Redondo, D. Fernando de Sousa Coutinho, teve por padrinho de batismo o
futuro Marquês de Pombal.
Cursou
o Colégio dos Nobres e o curso jurídico da Universidade de Coimbra e iniciou
sua carreira diplomática após a morte do rei D. José I, em 1777, como enviado
extraordinário e Ministro Plenipotenciário na corte da Sardenha, em Turim. Ali
ficou instalado de setembro de 1779 até meados de 1796. Foram 17 anos decisivos
em que forjou e consolidou seu pensamento sobre diferentes matérias essenciais
ao desempenho governativo que viria a ser chamado.
Regressou
de Turim para ocupar o cargo de ministro e secretário de Estado da Marinha e
Domínios Ultramarinos. Logo conquistou lugar preponderante no gabinete do
Príncipe Regente D. João VI. Exerceu do cargo de Presidente do Real Erário
entre 1801 e 1803. Desentendimentos com alguns membros do Gabinete e a
discordância com a política vigente, tanto no plano interno como externo, determinaram
seu afastamento por cerca de quatro anos. Regressou com força política no final
de 1807, acompanhou a viagem da corte para o Brasil.
No
Brasil, voltou a ser ministro e chocou-se com a falta de preparo, a rotina, a
inveja dos rivais. Anglófilo, houve sua marca nos principais atos do Príncipe
Regente D. João de 1808 a 1812.
Promotor
da criação da siderurgia em grande escala no Brasil, patrocinou os projetos de
Manuel Ferreira da Câmara em Morro do Pilar, Minas Gerais e de Varnhagen em
Araçoiaba, São Paulo (Real Fábrica de Ferro São João do Ipanema). Por sua
orientação foi contratada uma companhia de suecos, comandada por Carl Gustav
Hedberg, para implantar Ipanema.
Rodrigo
de Sousa Coutinho, enquanto viveu em Turim, casou-se com uma senhora da alta
aristocracia italiana, pertencente a uma família descendente do ramo Sabóia. A
sua mulher chamava-se Gabriella Maria Ignazia Asinari dei Marchesi di San
Marzano, sendo filha do marquês de Caraglio e da princesa de Cisterna.
FILIGRANAS
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