AUTOR
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ANTÔNIO JOAQUIM ALVARES DO AMARAL
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ORIGEM
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PRESIDENTE DA PROVÍNCIA DO MARANHÃO
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DESTINO
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PRESIDENTE DA PROVÍNCIA DO PARÁ
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DATA
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26 de maio de 1848
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REGIÕES DE INTERESSE
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BRASIL, PARÁ E MARANHÃO
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TEMA
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ESCRAVIDÃO / QUILOMBO EM TURI-AÇÚ
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RESUMO:
Informa ao presidente da
província do Pará, Jerônimo
Francisco Coelho, o recebimento do seu ofício datado de 12 do corrente, no qual é
informado das medidas tomadas para bater o quilombo em Tury-açú; responde-lhe
que oficiou ao Chefe de Polícia daquela província (Maranhão) para que tomasse
as medidas necessárias para evitar que os quilombolas e desertores passem
para aquela província.
Assinatura de Antônio Joaquim
Alvares do Amaral, Presidente da Província do Maranhão.
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TRANSCRIÇÃO
N38 Illmo
Exmo Snr
Tendo recebido o officio de V. Exa. firmado em 12
do corrente, acusando a remessa da copia do da Camara de Tury-assú (que naõ
veio) pelo qual V. Exa. se dignou communicar-me as providencias que
dera, para serem batidos e destruídos os quilombos, que existem nas matas,
d’aquelle distrito, pedindo-me ao mesmo tempo a necessária coadjuvação á
semelhante respeito: cumpre-me em resposta declarar a V. Exa. que
nesta data officiei ao Chefe de Policia, recomendando-lhe que com toda presteza
expedisse as convenientes ordens ás Authoridades Policiais do districto
limitrophes do Tury-assu, para nesta empreza coadjurarem as d’aquella Villa, e
evitassem assim que os quilombolas e desertores passem para esta Provincia.
Deus Guarde V. Exa.
Palacio do Governo do Maranhaõ em 26 de Maio de 1848.
Illmo. e Exmo. Sr.
Prezidente
Da Provincia do Pará
Antonio Joaquim Alvares do Amaral
XXX em 31 de
Maio
Antônio Joaquim Azevedo Álvares do Amaral
Antônio Joaquim Azevedo Álvares do Amaral (1795 — 1853) foi presidente das províncias
de Sergipe,
de 15 de abril
de 1845
a ? de 1846,
e do Maranhão,
de 7 de abril
de 1848
a 7 de janeiro
de 1849.
Jerônimo
Francisco Coelho
Jerônimo
Francisco Coelho, nasceu em Laguna a 30 de setembro
de 1806 e faleceu em Nova Friburgo a
16 de janeiro
de 1860.
Entre suas atividades, destacou-se como jornalista,
militar
e político.
Responsável pela edição do jornal O
Catharinense, em 1831, o primeiro da província de Santa
Catarina. Ainda em 1832 lançou o segundo
jornal, O Expositor. Foi
também membro fundador da primeira loja maçônica
de Santa Catarina, em Desterro.
Foi deputado à Assembleia Legislativa Provincial de
Santa Catarina na 1ª
legislatura (1835 a 1837), na 2ª
legislatura (1838 a 1839) (não assumiu), na 3ª
legislatura (1840 a 1841), na 4ª
legislatura (1842 a 1843), na 5ª
legislatura (1844 a 1845), e na 6ª
legislatura (1846 a 1847).
Em 1846, fez a demarcações
das terras da futura colônia Dona Francisca (atual cidade de Joinville)
e parte do território do distrito de Parati (atual cidade de Araquari).
Exerceu a presidência da províncias do Grão-Pará,
nomeado por carta imperial de 1 de março
de 1848,
de 7 de maio
de 1848 a 31 de maio
de 1850. Também exerceu a presidência da província do Rio Grande do Sul, nomeado por carta imperial
de 20 de fevereiro de 1856, de 28 de abril
de 1856
a 8 de março
de 1857.
Em 2 de
fevereiro de 1844
foi simultaneamente ministro da Marinha e da Guerra do Brasil, no
quarto gabinete ministerial de D. Pedro II. Permaneceu no cargo de ministro da
Marinha até 23 de maio
de 1944, e no do Exército até 26 de maio de 1845. Voltou a ocupar o
cargo de ministro da Guerra em 4 de maio de 1857, no gabinete Pedro de Araújo Lima, onde permaneceu até
11 de julho
de 1858.
Como conselheiro teve forte atuação no
poder executivo e como ministro da Guerra atuou com determinação para estabelecer
as condições de paz com os revoltosos farroupilhas.
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