domingo, 22 de abril de 2012

QUILOMBO EM TURI-AÇÚ (1848)




AUTOR
ANTÔNIO JOAQUIM ALVARES DO AMARAL
ORIGEM
PRESIDENTE DA PROVÍNCIA DO MARANHÃO
DESTINO
PRESIDENTE DA PROVÍNCIA DO PARÁ
DATA
26 de maio de 1848
REGIÕES DE INTERESSE
BRASIL, PARÁ E MARANHÃO
TEMA
ESCRAVIDÃO / QUILOMBO EM TURI-AÇÚ
RESUMO:

              Informa ao presidente da província do Pará, Jerônimo Francisco Coelho, o recebimento do seu ofício datado de 12 do corrente, no qual é informado das medidas tomadas para bater o quilombo em Tury-açú; responde-lhe que oficiou ao Chefe de Polícia daquela província (Maranhão) para que tomasse as medidas necessárias para evitar que os quilombolas e desertores passem para aquela província.

Assinatura de Antônio Joaquim Alvares do Amaral, Presidente da Província do Maranhão.







TRANSCRIÇÃO

N38                                                                                                  Illmo Exmo Snr


Tendo recebido o officio de V. Exa. firmado em 12 do corrente, acusando a remessa da copia do da Camara de Tury-assú (que naõ veio) pelo qual V. Exa. se dignou communicar-me as providencias que dera, para serem batidos e destruídos os quilombos, que existem nas matas, d’aquelle distrito, pedindo-me ao mesmo tempo a necessária coadjuvação á semelhante respeito: cumpre-me em resposta declarar a V. Exa. que nesta data officiei ao Chefe de Policia, recomendando-lhe que com toda presteza expedisse as convenientes ordens ás Authoridades Policiais do districto limitrophes do Tury-assu, para nesta empreza coadjurarem as d’aquella Villa, e evitassem assim que os quilombolas e desertores passem para esta Provincia.
Deus Guarde V. Exa.
Palacio do Governo do Maranhaõ em 26 de Maio de 1848.



Illmo. e Exmo. Sr. Prezidente
Da Provincia do Pará
Antonio Joaquim Alvares do Amaral

XXX em 31 de Maio

 
Antônio Joaquim Azevedo Álvares do Amaral
Antônio Joaquim Azevedo Álvares do Amaral (17951853) foi presidente das províncias de Sergipe, de 15 de abril de 1845 a ? de 1846, e do Maranhão, de 7 de abril de 1848 a 7 de janeiro de 1849.


Jerônimo Francisco Coelho
Jerônimo Francisco Coelho, nasceu em Laguna a 30 de setembro de 1806 e faleceu em Nova Friburgo a 16 de janeiro de 1860. Entre suas atividades, destacou-se como jornalista, militar e político.
Responsável pela edição do jornal O Catharinense, em 1831, o primeiro da província de Santa Catarina. Ainda em 1832 lançou o segundo jornal, O Expositor. Foi também membro fundador da primeira loja maçônica de Santa Catarina, em Desterro.
Foi deputado à Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina na 1ª legislatura (1835 a 1837), na 2ª legislatura (1838 a 1839) (não assumiu), na 3ª legislatura (1840 a 1841), na 4ª legislatura (1842 a 1843), na 5ª legislatura (1844 a 1845), e na 6ª legislatura (1846 a 1847).
 Em 1846, fez a demarcações das terras da futura colônia Dona Francisca (atual cidade de Joinville) e parte do território do distrito de Parati (atual cidade de Araquari).
Exerceu a presidência da províncias do Grão-Pará, nomeado por carta imperial de 1 de março de 1848, de 7 de maio de 1848 a 31 de maio de 1850. Também exerceu a presidência da província do Rio Grande do Sul, nomeado por carta imperial de 20 de fevereiro de 1856, de 28 de abril de 1856 a 8 de março de 1857.
Em 2 de fevereiro de 1844 foi simultaneamente ministro da Marinha e da Guerra do Brasil, no quarto gabinete ministerial de D. Pedro II. Permaneceu no cargo de ministro da Marinha até 23 de maio de 1944, e no do Exército até 26 de maio de 1845. Voltou a ocupar o cargo de ministro da Guerra em 4 de maio de 1857, no gabinete Pedro de Araújo Lima, onde permaneceu até 11 de julho de 1858.
Como conselheiro teve forte atuação no poder executivo e como ministro da Guerra atuou com determinação para estabelecer as condições de paz com os revoltosos farroupilhas.





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