AUTOR
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CONDE DOS ARCOS
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ORIGEM
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MINISTÉRIO DA MARINHA E ULTRAMAR
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DESTINO
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SR. BALTHAZAR DE SOUZA BOTELHO
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DATA
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10 de março de 1819
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REGIÕES DE INTERESSE
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BRASIL, ALEMANHA, RIO DE JANEIRO (CORTE) E PIAUÍ
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TEMA
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MUDANÇA DA BANDEIRA DA PRÚSSIA EM NAVIOS
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RESUMO:
Conde dos Arcos comunica ao
Governador da Província do Piauí a alteração na bandeira do Império da
Prússia para os navios de guerra e mercantes deste estado e remete cópia da
nota descritiva da mesma (em francês).
Assinatura do Conde dos Arcos,
Dom
Marcos de Noronha e Brito
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TRANSCRIÇÃO
S. Mag. manda remetter a V. M.ce para conhecimento
desse Governo o extrato junto de huma Nota que apresentou aqui o Ministro de S.
Mag. Prussiana, sobre as alterações que o mesmo Soberano julgou o propósito
fazer na Bandeira dos seos Navios de Guerra e Mercantes.
Ds. Ge. V. Exa. Palácio do Rio de Janeiro, em 10 de março de
1819.
Conde dos Arcos
Sn.or. Balthazar de Souza Botelho Vasconcellos.
(acompanha texto em francês descrevendo as alterações
realizadas na bandeira prussiana)
Tradução da nota
Cópia.
O
Pavilhão Prussiano, estando aprovadas as modificações por uma ordem do
Gabinete, de 22 de Maio do ano passado, o portador, Mensageiro Extraordinário e
Ministro Plenipotenciário de Sua Majestade o Rei da Prússia, foi encarregado de
participá-lo oficialmente ao Ministro de Sua Fidelíssima Majestade.
Após
este novo regulamento, o Pavilhão do Comércio flutuante à popa da embarcação é
visualizado em três bandas da mesma largura, sendo que a de cima e a de baixo
são pretas e a do meio de cor branca (mas sem águia). Dependerá de cada Capitão
de Navio, adicionar ainda o nome da Vila ou da Província à qual pertence o
navio, que será colocado então dentro da banda central.
Quanto
ao Pavilhão determinado para as Embarcações Reais ou de Guerra, e flutuante nos
mastros, fica decidido que será doravante inteiro na cor branca, com a Águia
Real ao centro e a Cruz de Ferro no canto esquerdo da parte superior.
Eis,
a seguir, as instruções de sua Corte, que o abaixo-assinado informa ao Exmo.
Senhor Thomas Antonio de Villanova Portugal, do Conselho de Sua Fidelíssima
Majestade, e Ministro-Secretário de Estado do Interior, Presidente do Tesouro
Real, encarregado interinamente da Pasta dos Assuntos Estrangeiros e da Guerra,
solicitando-lhe a boa vontade de fazer conhecer às autoridades respectivas
estabelecidas nos Portos dos Estados de Sua Majestade, as modificações
detalhadas acima, a fim de que o Pavilhão Prussiano seja reconhecido e goze da
mesma recepção, em sua nova forma, que aquela que acaba de ser suprimida.
Pede,
ao mesmo tempo, que Sua Excelência concorde e que me assegure de que lhe seja
reiterada sua mais alta consideração = Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 1819 =
Conde de Flemming = Ao Exmo. Senhor Ministro-Secretário de Estado Thomas
Antonio de Villanova Portugal.
Conde dos
Arcos, Marcos de Noronha e Brito
Oitavo conde dos
Arcos,Dom
Marcos de Noronha e Brito nasceu em Lisboa a
7 de julho
de 1771 e faleceu nesta mesma cidade em 1828. Foi Capitão-Geral da capitania do Grão-Pará e Rio-Negro, de 1803 a 1806. Substituiu D. Fernando José de Portugal e Castro
no cargo de Vice-Rei do Brasil e foi o último Vice-Rei. Como tal, governou de 21 de agosto
(ou 14 de outubro)
de 1806
a 22 de janeiro
de 1808,
quando D. João de Bragança, Príncipe Regente de Portugal,
aportou em Salvador, transferindo para o Brasil a sede da Monarquia Portuguesa.
Com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, foi transferido para a Bahia, como governador. Estabeleceu na província a
primeira tipografia e imprimiu o jornal "Idade de Ouro do Brasil". Realizou obras de extrema relevância, como a Biblioteca Pública, concluiu o cais da alfândega e o Teatro São João. Foi responsável também pela instalação de uma linha de correio
para o Maranhão.
Em 1817 ajudou na repressão aos rebeldes de Pernambuco. Nomeado ministro da Marinha e Ultramar (1817), transferiu-se novamente para o Rio de Janeiro. Com o retorno de D. João VI para Portugal, permaneceu no Brasil, como Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino; após o Dia do Fico, D. Pedro I o demitiu e mandou para Portugal, por exigência dos militares, que não suportava o trato por ele dispensado.
Em 1817 ajudou na repressão aos rebeldes de Pernambuco. Nomeado ministro da Marinha e Ultramar (1817), transferiu-se novamente para o Rio de Janeiro. Com o retorno de D. João VI para Portugal, permaneceu no Brasil, como Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino; após o Dia do Fico, D. Pedro I o demitiu e mandou para Portugal, por exigência dos militares, que não suportava o trato por ele dispensado.
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